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A peça a tomar forma |
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Sempre com a música em pano de fundo (aconselhamos Mozart, Bach, Hendel ou Madredeus), algum sossego que pode ser intercalado, no entanto, com a visita de um amigo ou outro curioso que passe pela galeria surgem as primeiras formas e o caracter começa a definir-se...
Há que saber escutar o que essa peça nos vai dizer, como por exemplo esta carpideira. Em algum momento ela dirá que está pronta para a secagem... que mais não vale a pena pois mais é demais e menos é o bastante. Nessa altura colocamo-la em repouso, longe do sol - que a secagem quer-se lenta, o mais lenta possivel - para só a voltarmos a ver passadas duas ou três semanas.
Quando ela volta desse repouso já nos olha de maneira diferente. Antecipa a fase final. Colocamo-la no forno e regulamos o calor para 900 graus centigrados. É lá que passa dois dias primeiro na lenta subida da temperatura depois no gradual arrefecimento |
O forno |
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Quando a tiramos já vibra com o retinir da cristalização, já é terracota. É nessa altura que se puxa das cores e se a veste... |
A pintura da peça |
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...neste caso de negro, como a ocasião manda e os finados exigiriam, noutros casos de muitas cores que enfatizariam a forma e apelariam ao sonho... Quem pinta tem uma árdua tarefa de paciência e sempre muito bom ouvido... Tem que lhes escutar as cores que, sussurrando, lhe exigem. |
Um coro de carpideiras |
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peça terminada
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